O relógio de pêndulo, 1881
De Scott Evans (EUA, 1847–1898)
óleo sobre tela, 116 x 73 cm
Coleção Particular
A chave do relógio
Joaquim José Teixeira
Fábula
A um relógio dava corda
Chavinha de áureo metal,
E mui vaidosa do impulso
Parar não quis afinal.
Forçou, pois, e desta força
Dentro a mola arrebentou,
E do tempo o mecanismo
Sem movimento ficou.
Resolvam, mandem governos
Nas raias do seu poder,
Vejam bem nesta chavinha
Que não basta o só querer.
Em: Poetas cariocas em 400 anos, ed. Frederico Trotta, Rio de Jnaeiro, Editora Vecchi: 1965, p. 143
Joaquim José Teixeira nasceu no Rio de Janeiro em 27 de agosto de 1811 e faleceu também no Rio de Janeiro em 1º de janeiro de 1885. Foi advogado, poeta, romancista, dramaturgo,teatrólogo, tradutor, conferencista, oficial da Ordem da Rosa, sócio-fundador do Instituto dos Advogados Brasileiros e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Colaborou em vários jornais e revistas. Traduziu Goethe, Molière, Fontaine entre outros.
Obras:
Elogio dramático, 1840
Fábulas, 1865
Versos, 1865
Pensamentos, (versos) 1878
Antecipação



