Mãe e filha lendo
Eduardo Feitosa (Brasil, 1957)
óleo sobre tela
Bosquejo
Raimundo Correia
Repica o sino na matriz da vila,
Como um dia de gala…
São dez horas somente; o sol rutila,
Faísca o espelho de cristal na sala.
A pêndula palpita,
Compassada e monótona; singelo,
Numa gaiola, elétrico saltita
Um canário amarelo.
São dez horas; erguidas
As persianas deixam ver, distantes,
Das árvore floridas
As frondes verdejantes.
Sutil essência de magnólia e rosa
Repassa o ambiente,,, e a mãe a ler ensina,
Sorrindo carinhosa,
A loura filha, ingênua e pequenina.
Em: Poesia Brasileira para a Infância, Cassiano Nunes e Mário da Silva Brito, São Paulo, Saraiva: 1967, Coleção Henriqueta, p. 24.
Uma leitura silenciosa, 1915



