Jovem se debruçando na janela, 1400 – 1415
Lluís Borrassà (1360 – 1425)
têmpera sobre madeira, 38 x 24 cm
Museu Nacional d’Art de Catalunha, Barcelona
Canção da breve serenidade
Augusto Frederico Schmidt
Ouço a chuva cair. Olho as ruas molhadas.
Penso nas violetas e nos jardins em flor.
Desce ao meu coração uma paz sem memória.
Desce ao meu coração uma doçura imensa…
Lembro o amor a dormir tranquilo e sossegado
A rua esquiva e sem pregões, a rua pobre,
A rua humilde e a casa pequenina, em que se abriga
Lembro a infância que foi e outras manhãs já longe.
Sinto a vida como a chuva descendo
Sobre os quietos beirais, sobre as ruas, descendo
Sinto que o tempo é bom porque não para nunca
Um ritmo de abrigo envolve as coisas, tudo,
Vontade de dormir o grande sono calmo
Ouvindo a chuva triste e mansa a descer sobre mim.
Em: Letras e Artes, 23 de novembro de 1952, [Suplemento de A manhã], ano 7. nº 271





Que lindo
Ameiiiiiiiii!!!!! Grata, sempre.
Lindo!