Interior, 1927
Jane Rogers (EUA, 1896 – ?)
óleo sobre tela
O último poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Em: Estrela da Vida Inteira- poesias reunidas, Manuel Bandeira, Rio de Janeiro, José Olympio: 1979, p. 119





Muito lindo. Muito Bandeira.
Considero Bandeira um melhor poeta do que muitos que estão no Pantheon das letras brasileiras.