Dia de chuva, Capa da Revista de Domingo do Minneapolis Journal, 1915.
Domingo
Maria Thereza de Andrade Cunha
Domingo tristonho, de chuva, de vento.
Domingo de tédio, domingo nevoento.
Não vens. Todo o dia te espero, cansada;
Casais amorosos lá vão, na calçada,
E eu fico sozinha. Não vens.
Abandono…
Domingo de tédio, de bruma, de sono.
As mãos muito frias, a fronte pendida,
— Domingo sem cores… Domingo sem vida… —
Vidraça gelada que aos poucos se embaça:
Meu rosto apoiado de encontro à vidraça,
E a rua tão longa, tão triste, tão fria…
— Domingo chuvoso, de lenta agonia…
Em: É primavera… escuta., Maria Thereza de Andrade Cunha, Rio de Janeiro, 1949, p.106.





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Quem deixa assim, o outro esperando? E que mulher linda, sô!
Pois, não é? Sim. Linda.
É, pois.