Fivela de cinto dourada do século VII, encontrada no cemitério de navios de Sutton Hoo, em Suffolk na Inglaterra. Museu Britânico.
Fivela de cinto dourada do século VII, encontrada no cemitério de navios de Sutton Hoo, em Suffolk na Inglaterra. Museu Britânico.
« Quadrinha da solidão Imagem de leitura — Robert Lefèvre »


Lindo!
Vocês têm toda a razão de pensarem nos árabes quando veem desenhos geométricos, abstratos, fazendo a decoração de um objeto, um livro, uma casa. É uma imposição do islamismo, pelo menos do antigo islamismo, que surgiu mais ou menos nessa época (século VII).
Mas esse tipo de trabalho abstrato, complexo, em metal é típico dos Vikings, que eram excelentes artistas em metal. A influências Vikings foram sentidas até muito depois das invasões. Na idade média, na Europa do norte, sobretudo na Irlanda, era comum haver Bíblias cujas capas eram decoradas de maneira semelhante, muitas vezes até com incrustações de pedras preciosas.
E mais para os tempos modernos, muitos dos desenhos decorativos que associamos ao estilo Art Nouveau, tanto nas gravuras como, digamos, em detalhes arquitetônicos, têm raízes nesses desenhos Vikings. isso graças ao espírito de pesquisa de William Morris que trouxe para o dia a dia da Belle Époque e das primeiras década do século XX desenhos baseados nos trabalhos desses maravilhosos artesãos do metal!
Boas observação de vocês.
Mas é bom demais essa coisa de aprender. Adorei.
É mesmo! 🙂
Concordamos mais uma vez com o mestre Mariel: aprender é bom demais.
E agradecemos à mestra Peregrina, aka Ladyce, que, além de salvar nosso blogue da inexistência, nas horas vagas dá grandes aulas sobre arte e artesanato.
Mestra Peregrina, a paladina dos deserdados do Paideuma !
Mestra, não parece árabe ?
Pelo menos tem arabescos, aqueles desenhos geométricos, abstratos, que os artistas muçulmanos teriam que fazer, porque proibidos religiosamente de imitar a natureza.
Muito esmerado, artístico mesmo, esse artesanato.
Viram que eu respondi no lugar errado? 😀 Mas está lá. Tive pena do Mariel depois que percebi o meu erro. A resposta de vocês está lá.
Mestra, não respondeu no lugar errado, não.
O Mariel é também nosso amigo, mestre, primo e irmão. 40% de nosso grupo é Fernandes, igualzinho ao Mariel. Aliás, agora é justamente um dos Fernandes que escreve — aquele de origem espanhola.
Às vezes nós mesmos nos confundimos com Mariel. Claro, quando nossa falta de modéstia atinge limites dramáticos e, assim, acreditamos que podemos escrever tão bem quanto Mariel.
Grande mestre Mariel !
Beleza de trabalho artístico de alta categoria.
Muito lindo mesmo!