–
–
Crianças no palco, autoria desconhecida.
–
No teatro iluminado,
o bom ator se angustia,
ao ver entre o cortinado
uma platéia vazia.
–
(Antônio V. Ruffato)
–
–
Crianças no palco, autoria desconhecida.–
No teatro iluminado,
o bom ator se angustia,
ao ver entre o cortinado
uma platéia vazia.
–
(Antônio V. Ruffato)
–
Paisagem, s/d
Omar Pelegatta (Brasil, 1925-2000)
óleo sobre eucatex, 34 x 26cm
–
–
Só então conseguiu observar bem o aspecto do vilarejo onde estava.
O Pequiri consta, na realidade, de uma única rua e de uma pequena praça. A rua, na maior parte da sua extensão, só tem casas de um lado, visto que o outro é ocupado pelo leito da estrada de ferro. Em consequência dessa disposição ingrata, as casas, em sua maioria, dão fundos para a montanha, rude maciço de impressionante altura. Em frente à pequena capela do povoado fuçava a praçazinha, que bem quereria ser retangular e plana, mas que não realizava a contento nenhum desses louváveis propósitos. À esquerda da via férrea havia algumas casas, construídas onde foi possível obter área bastante para elas.Tais edificações, eretas à borda do precipício, apresentavam a singularidade de serem térreas na parte da frente, e de grande altura na nos fundos, o que se explica pelo brusco declive do terreno.
“Como se teria formado uma povoação nestas grimpas?” interrogava o jovem médico a seus botões. “Uma enxurrada mais violenta bem pode arrastar essas casas e precipitar os escombros no abismo. Seria prudente criar naquela topografia absurda, naquele desconforto, um estabelecimento destinado a grande atividade e futuro?
Mas… por outro lado, que pureza de ar! que limpidez de céu! que brisa agradável! Montanhas enormes e plácidas, cobertas de vegetação espessa, fechavam o horizonte ao oriente. Uma escarpa mais elevada que todas, e separada das demais por profundas grotas, atirava-se para o alto na ânsia temerária de escalar o azul.
Em compensação, abria-se do lado oposto, o imenso vale do rio Paraíba do Sul, ondeando de colinas verdejantes, até a serrania da Bocaina, muito longe, para o lado do nascente.
Que pureza de ar! que limpidez de céu! que brisa agradável! O gorjear da passarada harmonizava-se bem com o murmúrio da água, cascateando nas grotas, por toda a parte. Certamente, não se poderia encontrar mais serena estância para o corpo e para o espírito! Bem inspirado aquele que se lembrou de localizar ali um centro de estudo, e de trabalho benfazejo!”
–
Em: Majupira (romance brasileiro da atualidade, 1930-1934), J. B. Mello e Souza, São Paulo, Saraiva:1949. Capítulo: Pelo Caminho dos Bandeirantes.
–
Moça sentada, 1930
Ipolit Strambu (Romênia, 1871-1934)
óleo sobre tela
–
Ipolit Strambu nasceu em Baia de Aramă, no condado de Mehedinţi, na Rumênia, em 1871. Teve sua educação artística na Escola de Belas Arte de Bucareste onde estudou com G. D. Mirea entre 1891-1895. Ganhou uma bolsa de estudos que o levou a estudar pintura em Munique na Alemanha, na Academia de Real de Belas Artes na Bavaria entre 1896- 1901. Na primavera de 1901 retornou ao seu país natal, estabelecendo-se em Bucareste, onde permaneceu, trabalhando até seu falecimento em 1934.
Salvar
–
–

–
–
José Paulo Paes
–
–
Era uma vez
Um gato chinês
Que morava em Xangai
Sem mãe e sem pai
Que sorria amarelo
Para o rio Amarelo
Com seus olhos puxados
Um para cada lado
–
Era uma vez
Uma gato mais preto
Que tinta nanquim
De bigodes compridos
Feito mandarim
Que quando espirrava
Só fazia “chim”!


