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Marinha, 1965
Heitor de Pinho (Brasil, 1897-1968)
Óleo sobre cartão, 25 x 40 cm
Coleção Particular
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Noite de Inverno
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Américo Macedo
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Estala a ventania! O mar bravio,
Ruge, como uma hiena acorrentada!
O céu de chumbo, cúpula pesada,
Mostra-se escuro, umbrático e sombrio!
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A chuva cai pesadamente! O frio
Corta, como uma lâmina afiada!
E muito ao longe ecuta-se a balada
Dos sapos a cantar n’água do rio.
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O raio corta o espaço enfurecido,
Em ziguezagues prófugos e cresce
O fragor do trovão, enraivecido!
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E sobe… e sobe a intérmina caudal!
E a água é tanta e tanta, que parece
Um segundo dilúvio Universal!
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Em: Panorama da Poesia Norte Rio-grandense, Rômulo Wanderley, Natal, Edições do Val: 1965, prefácio de Luís da Câmara Cascudo.
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Américo Soares de Macedo, ( 1877- 1948) nasceu em Assu, no Rio Grande do Norte a 29 de dezembro de 1877. Funcionário da Prefeitura Municipal. Morreu modestamente em 2 de janeiro de 1948.
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Obras:
Sombras, poesia, 1945






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