Rio de sol, de céu, de mar…

21 06 2024

Praia do Leblon, 2013

Mauro Ferreira (Brasil, 1958-2021)

óleo sobre madeira, 40 x 60 cm





Lembrando o caso dos portões…

20 06 2024

Portão, 2005

Amira Bessone (Líbano-Brasil, 1927)

óleo sobre tela, 70 x 50 cm

 

 

 

Revendo a postagem de domingo, das paisagens com portões, eu me lembrei de um fato curioso.  Nos anos 90 quando eu tinha uma galeria, nos Estados Unidos, no fundo da galeria, em outra salinha coloquei uma arca (a palavra mais acertada é bin, em inglês, comum em galerias de arte) onde  desenhos, aquarelas, gravuras de artistas não necessariamente associados à galeria, mas de boa qualidade, são apresentados ao público para compra imediata.  São trabalhos de custo menor, que já vêm com paspartur neutro, embrulhados em acetato, em  tamanho padrão para compra de moldura nos tamanhos existentes no mercado.  Essas gravuras, pequenas aquarelas, desenhos a nanquim, lápis, pastel, carvão podem ser de artistas renomados, mas que por serem de pequenas dimensões têm o preço acessível a maior número de compradores. 

Há épocas como a das festas de final de ano, ou nos dias letárgicos do verão, em meio ao calor excessivo, comum em alguns lugares do hemisfério norte,  o comércio que depende da venda de  artigos de luxo, como obras de arte, produtos menos acessíveis ao bolso do consumidor comum, penam para manter um mínimo de fluxo de caixa.  Tendo isso como parâmetro, a sobrevivência confortável vai depender da imaginação do galerista.  Ele pode organizar exposições mais acessíveis ou acarinhar a fiel clientela oferecendo brindes (também dispendiosos, não estou falando de chaveirinho).  Tenho na verdade, deliciosas histórias para contar sobre esses períodos anuais, quando a imaginação do galerista, e desta que vos fala, precisa se expandir e abraçar ideias nunca dantes imaginadas.

Sou uma pessoa que me programo.  Depois que dirigi a primeira galeria de arte (que não era minha) eu me tornei ainda mais cautelosa com a organização do futuro, infelizmente algo nem sempre encontrado por aqui, talvez não por completa culpa nossa, mas pelas incertezas do país.  Vou dar um exemplo:  exposições em galerias de arte, mesmo fora de Nova York, Los Angeles, Chicago ou Miami, são programadas com um ano de antecedência.  Isso dá ao galerista e ao artista tempo de preparar, divulgar e fazer um bom trabalho, inclusive contatar e fomentar o interesse de possíveis compradores. 

Eu estava sempre à procura de arte de excelente qualidade, que pudesse vir a ser apresentada e vendida a partir de novembro até meados de janeiro e depois no meio do verão, todo o mês de julho. Seriam presentes para um anfitrião numa casa de campo, onde se passa um fim de semana, ou lembrança de Natal para um profissional a quem se deve um referência comercial. Obras menos caras do que as habituais telas ou esculturas da galeria, mas mesmo assim artigos de luxo, nem sempre cabendo no orçamento familiar mensal.  Eram obras de excelentes artistas, menos conhecidos.  Isso às vezes até me servia para testar o mercado, para testar a expansão do gosto da minha clientela.  Galeristas têm que saber o que cada um de seus clientes deseja, no que se interessa em comprar. Não há sorte. O segredo é sempre a informação e cultivo do cliente.

 

 

 

 

 

 

Ter uma galeria de arte, não é só um comércio. É principalmente um serviço.  Seu papel é aquele de ajudar o comprador a achar aquilo que ele quer. E se necessário, educar esse comprador. É um trabalho muito além do pendurar na parede um quadro ou colocar uma escultura em determinada posição na sala. 

Pois bem, nessa procura constante por obras que pudessem ser vendidas nos períodos de “vacas magras” que todo galerista sabe muito bem quais são, houve um ano, em que comprei, para revenda, três séries de aquarelas de um artista no NE dos EUA.  Cada série era composta por aquarelas que iam gradativamente da representação realista da mesma cena à abstração total, da paisagem original. As séries eram compostas por seis ou sete obras, já não me lembro o número, todas aquarelas. 

Uma dessas sequências era dedicada a representação de um muro com um portão e algumas flores se debruçando sobre este muro.  As cores eram tênues como cabe bem aos pintores do nordeste dos EUA. E ao final da série chegávamos a uma pintura totalmente abstrata da mesma cena. Um de meus clientes quando viu a cena, me disse, “… mas esse pintor não deve ser americano, porque esse interesse por flores em cima de muros é um tema que a gente encontra no México, não nos EUA.”  Fiquei surpresa. Como assim, eu tinha conversado com o pintor, eu tinha comprado a série no seu ateliê na Nova Inglaterra.  Ele não era mexicano. Não vendi a série para este senhor, mas eventualmente vendi as três séries separadamente. 

No ano seguinte, numa conversa telefônica com o artista, cultivo que o galerista também deve fazer, soube que este americano, nascido em New Hampshire, tinha passado a infância, até os doze anos no México. Calculei naquele momento que essa apreciação por muros, portões e flores talvez seja mais cultural do que imaginamos. E que até mesmo eu, criada e educada no Brasil, provavelmente retinha esse gosto pelo tema. Desde então, toda vez que vejo um portão com flores próximas ou um muro com buganvílias tomando o espaço da rua eu me lembro do viés deste gosto latino.  Às vezes traímos nossas raízes, sem saber como!

©Ladyce West, junho 2024





Hoje é dia de feira: frutos e legumes frescos!

19 06 2024

Natureza morta, 1930

Arnaldo Barbosa (Brasil, 1902-1981)

óleo sobre madeira. 33 x 40 cm

 

 

 

 

Natureza morta

Oswaldo Teixeira (Brasil, 1905-1974)

Óleo sobre madeira. Medindo 14,5 x 16,5 cm.





Nossas cidades: Niterói

18 06 2024

Pedra de Itapuca, Niterói

Henrique Tribolet (Brasil, 1862-1908)

óleo sobre cartão, 20 x 28 cm





Palavras para lembrar: Oscar Wilde

17 06 2024

Na janela, 1977

Gennady Myznikov (Rússia, 1933

óleo sobre papelão, 110 x 70 cm

 

 

“Os livros considerados imorais pelo mundo são aqueles que lhe mostram sua própria vergonha.”

 

 

Oscar Wilde





Paisagens brasileiras…

16 06 2024

Portão

Eliseu Visconti (Itália-Brasil, 1866-1944)

aquarela sobre papel, 30 x 23 cm

 

 

 

O velho portão de ferro na Ilha do Governador, RJ

Rodolfo Weigel (Brasil,1907 1987)

óleo sobre tela

 

 

Porteira, 1994

Marie Louise Mattos (França-Brasil, 1916-?)

óleo sobre madeira





Dia a dia…

16 06 2024

Feirinha do Posto 6  — um quarteirão começando na praia.  E você encontra quase tudo de que precisa num domingo de manhã.  Rua Rainha Elizabeth da Bélgica.





Em casa: Sabrina Bockler

16 06 2024

Autorretrato com Louise, 2020

Sabrina Bockler (EUA, 1987)

Acrílica sobre tela





O samba, poesia de Batista Cepelos

15 06 2024

Samba, 1928

Emiliano Di Cavalcanti (Brasil,1897-1976)

óleo sobre tela, 64 x 49 cm

Coleção Fadel

 

 

O samba

 

Batista Cepelos

 

Na noite em que algum santo se festeja,
Junto à fogueira, o samba principia,
Logo o pandeiro elástico estrondeja,
Ronca e muge o tambor, numa porfia.

Que extravagante, singular peleja:
Este, rapidamente rodopia;
Aquele, desconjunta-se e rasteja,
Numa parafusante cortesia.

 

E, em lânguido meneio, as raparigas,
Agitando os vestidos encarnados,
Cantarolam estrídulas cantigas.

 

E, no ardor da frenética loucura,
Os pares, em pinotes compassados,
Veia juntando cintura com cintura.

 

 

 





Flores para um sábado perfeito!

15 06 2024

Vaso de Flores

Sérgio Migliaccio (Brasil, 1936-2015)

óleo sobre tela, 50cm x 40cm

 

 

 

 

Vaso de flor

Tito de Alencastro (Brasil, 1934-1999)

Óleo sobre tela colado em placa, 90 x 60 cm