Delicioso livro de ensaios, crônicas, uma ou outra poesia, páginas que como um leque se abrem aos nossos olhos e encantam. Não há assunto que não possa ser abordado e a variedade é grande. Vamos abrindo esse leque de considerações sobre a adolescência, por exemplo, engatilhada pela visão da ativista Greta Thunberg em Nova York; vamos do prazer de um bom banho ao quadro As Banhistas de Paul Cézanne e aos de Monet. De ciganos e uma breve estadia no hospital por um fêmur quebrado, somos guiados a considerações sobre enfermagem, Ana Néri ou ao livro Morro dos Ventos Uivantes de Emily Brontë, não sem antes, ela nos levar à ópera Carmen de Bizet. Cada uma de suas divagações e considerações enriquece o leitor. Verdadeiro presente, flanar com Raquel Naveira pelos labirintos da cultura; um passeio que liga o que somos ao mundo exterior e ao imaginário.
Até ler este livro, só conhecia Raquel Naveira por suas poesias. Casa e Castelo foi o primeiro de seus livros que li, e me encantou, depois veio Casa de Tecla e mais tarde Abadia. Raquel tem voz própria na poesia e um encantamento adicional para mim: é amante das artes plásticas. Muitos de seus poemas e outros escritos mencionam obras de arte que a impactaram. Sua escrita é acessível e rica. Seus temas variados seduzem o leitor. Recomendo a leitura sem restrições.
Deixe um comentário